Requalificação do Centro de Niterói

Requalificação do Centro de Niterói
17/05/2013

Prefeitura quer transformar Vila de Pescadores em polo gastronômico

O estudo que está sendo elaborado pela Prefeitura de Niterói para a revitalização do Centro da cidade teve mais alguns pontos definidos durante este semana. Ainda de forma conceitual, um grupo técnico criado pelo prefeito Rodrigo Neves e que reúne profissionais das Secretarias de Urbanismo, de Obras e de Desenvolvimento Econômico, já estabeleceu as diretrizes básicas que vão nortear a reestruturação da Vila dos Pescadores, da Rua da Conceição e da Via Orla.

Centro de referência na venda de pescados, o Mercado São Pedro atrai um público que chega a Niterói vindo de outras cidades. Com o intuito de tornar a região mais atrativa e dar um maior suporte aos pescadores que trabalham na região, será criado um polo gastronômico, com restaurantes voltados para os frutos do mar, além de um píer para os pescadores.

"A Vila dos Pescadores será uma forma de reconhecimento do trabalho dos pescadores da região, que terão seus produtos consumidos em um polo gastronômico de frutos do mar. A revitalização daquela região será fundamental para atrair turistas e transformá-la em um local de convivência", aponta Rodrigo Neves.

A Rua da Conceição, uma das principais vias do Centro da Cidade e que liga a Avenida Rio Branco à Marquês de Paraná, será totalmente revitalizada. Seguindo a modernização de infraestrutura da região, a via será renovada com recapeamento, alterações nas calçadas e a fiação totalmente subterrânea.

Já a Via Orla será preparada para se tornar um local para caminhadas e diversão. Vários deques serão construídos ao longo da via, que poderá receber moradores e turistas para caminhadas com a bela vista da região.

"Além de se tornar um ponto fundamental no trânsito da região com o seu alargamento, a Via Orla receberá infraestrutura para que os niteroienses e os visitantes possam utilizar o local para o lazer", explica o prefeito.

A PPP - Para viabilizar a revitalização do Centro sem onerar os cofres municipais, a Prefeitura está desenhando um modelo de Parceria Público Privada (PPP). A concessionária que vencer a licitação do projeto, que ainda não tem data definida, fará as intervenções urbanísticas e terá a responsabilidade de, por 20 anos, prover a região de serviços públicos como varrição, coleta de lixo, iluminação e manutenção do mobiliário urbano. Sem ter que arcar com estes gastos no Centro, a Prefeitura poderá investir em melhorias em outras regiões da cidade.

A revitalização

A requalificação do Centro de Niterói – que será promovida num modelo de parceria público-privada – vai conferir ao bairro mais modernidade, sustentabilidade e um padrão urbanístico compatível com a importância do local para o município e para o estado do Rio. A região, por onde circulam diariamente mais de 500 mil pessoas, receberá uma estação multimodal, que vai reunir barcas, ônibus, a linha 3 do metrô e bicicletas.

"A nossa proposta é conferir mais qualidade de vida ao Centro. Estamos pensando em opções que incentivem o uso de transporte coletivo e de meios alternativos, como a bicicleta. Para isso, serão construídos mais de 20 quilômetros de ciclovias, ligando os diversos campi universitários da região ao Centro. Queremos reduzir o fluxo de veículos e, consequentemente, os longos engarrafamentos", explica o prefeito Rodrigo Neves.

O entorno do Caminho Niemeyer, um dos mais valiosos conjuntos arquitetônicos do mundo, ganhará urbanização e paisagismo diferenciados, deixando-o visível para quem passa pela avenida Rio Branco. A intervenção ajudará a transformar a orla do Centro em um grande espaço de lazer e convivência.

"Queremos fazer do Centro um lugar agradável para se morar, trabalhar e passear. Um lugar do qual todo niteroiense tenha orgulho. Vamos moldurar o Caminho Niemeyer", ressalta o prefeito.

Um dos pontos fortes do estudo é a utilização de fiação subterrânea, "despoluindo" o visual do bairro. Antiga reivindicação dos moradores, a reforma da Casa Norival de Freitas, na Rua Maestro Felício Toledo, também está prevista. A edificação, tombada em 1983 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), está abandonada há vários anos.

As melhorias passarão ainda pelo disciplinamento do comércio ambulante e a criação de um abrigo para moradores de rua, que será acompanhado por um forte trabalho de acolhimento de pessoas nesta situação.

As intervenções que estão sendo pensadas vão contribuir para transformar o perfil do bairro, hoje majoritariamente comercial. "A ideia é que, com a requalificação urbana do Centro, mais pessoas possam morar no bairro. Vamos fazer desta região uma área com vocação residencial", destaca Rodrigo Neves.

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